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Já nos fins do século XIX, alguns fazendeiros ocupavam terras distantes 5km da Vila São João do Laranjal. As transações comerciais deste local eram feitas com a vizinha cidade de Tietê.
 
Já nos fins do século XIX, alguns fazendeiros ocupavam terras distantes 5km da Vila São João do Laranjal. As transações comerciais deste local eram feitas com a vizinha cidade de Tietê.
  
No ano de 1886, quando era inaugurada a estação da Estrada de Ferro Sorocabana na Vila do Laranjal, nascia naquele local uma parada de trem numa estação precária, construída de tábuas, apenas para abrigo dos passageiros, tornando-se conhecida como "Parada João Alves". Em 1913, torna-se Posto Telegráfico km 206.
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No ano de 1886, quando era inaugurada a estação da Estrada de Ferro Sorocabana na Vila do Laranjal, nascia naquele local uma parada de trem numa estação precária, construída de tábuas, apenas para abrigo dos passageiros, tornando-se conhecida como "Parada José Alves"*<ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=227900&pasta=ano%20190&pesq=%22Parada%20Jos%C3%A9%20Alves%22&pagfis=10279 O Commercio de São Paulo], n. 2.763, 21 nov. 1901, p. 1.</ref>. Em 1913, torna-se Posto Telegráfico km 206.
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: * -- O livro de José Thomé mostra "Parada João Alves", talvez confundido com o nome do proprietário da Fazenda São João (do Laranjal), mais a sudoeste, Coronel João Alves Corrêa. E o ano tampouco é 1866.
  
 
Em 11 de novembro de 1916, inaugurou-se uma nova estação nesse local, recebendo o nome de Maristela em homenagem à filha do então Presidente do Estado de São Paulo, Doutor Altino Arantes. Em 1920, as condições da estação já eram péssimas, pois a estação era "um pardieiro", de acordo com relatório do Estado, que era o proprietário da ferrovia na época.
 
Em 11 de novembro de 1916, inaugurou-se uma nova estação nesse local, recebendo o nome de Maristela em homenagem à filha do então Presidente do Estado de São Paulo, Doutor Altino Arantes. Em 1920, as condições da estação já eram péssimas, pois a estação era "um pardieiro", de acordo com relatório do Estado, que era o proprietário da ferrovia na época.
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== Laranjal, o Município (de 1917 a 1965) ==
 
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Quase a totalidade dos mapas integrantes do Plano Diretor haviam antes sido elaborados para a versão impressa desde mesmo Atlas em 2003.}}
 
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=== Notícias ===
 
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* [http://memoria.bn.br/DOCREADER/DocReader.aspx?bib=700169&pagfis=1784 Moradores do Bairro Ribeirão do Laranjal reclamam sobre servidão de passagem, 1830] (Biblioteca Nacional: O Farol Paulistano)
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* [http://memoria.bn.br/DOCREADER/DocReader.aspx?bib=700169&pagfis=1784 Moradores do Bairro Ribeirão do Laranjal reclamam sobre servidão de passagem, 1830] (Biblioteca Nacional: O Farol Paulistano) '''''Nota:''' Provavelmente havia um outro bairro Laranjal na região do Mato Dentro, Cerquilho. Por confirmar.''
* [http://memoria.bn.br/DOCREADER/DocReader.aspx?bib=700169&pagfis=1856 Reposta da reclamação acima, 1831] (Biblioteca Nacional: O Farol Paulistano)
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* [http://memoria.bn.br/DOCREADER/DocReader.aspx?bib=700169&pagfis=1856 Reposta da reclamação acima, 1831] (Biblioteca Nacional: O Farol Paulistano) '''''Nota:''' idem.''
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18790223-1204-nac-0001-999-1-not/tela/fullscreen Carta de leitor - primeira menção do "bairro do Laranjal" (e "bairro do Laranjá") no jornal, 23/02/1879] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)  
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* [http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_03&pagfis=86 Chuva de pedras castiga o bairro Laranjal, 05/02/1870]  (Biblioteca Nacional: Correio Paulistano)
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* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18790223-1204-nac-0001-999-1-not/tela/fullscreen Carta de leitor - primeira menção do "bairro do Laranjal" (e "bairro do Laranjá") no A Província de São Paulo, 23/02/1879] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)  
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18830128-2359-nac-0001-999-1-not Protesto da Companhia Sorocabana contra a Companhia Ituana por tentar implantar uma estação no bairro Pederneiras. Nota-se a intensão de implantar uma estação nas proximidades da propriedade de major Custódio Manoel Alves, 28/01/1883] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)  
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18830128-2359-nac-0001-999-1-not Protesto da Companhia Sorocabana contra a Companhia Ituana por tentar implantar uma estação no bairro Pederneiras. Nota-se a intensão de implantar uma estação nas proximidades da propriedade de major Custódio Manoel Alves, 28/01/1883] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)  
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18860513-3338-nac-0002-999-2-not Autoriza a criação de agência dos correios na Estação do Laranjal, 13/05/1886] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18860513-3338-nac-0002-999-2-not Autoriza a criação de agência dos correios na Estação do Laranjal, 13/05/1886] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
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* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18891107-4374-nac-0001-999-1-not Transferência de professor da Capela de São Sebastião (Laras) para Estação Laranjal, 07/11/1889] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18891107-4374-nac-0001-999-1-not Transferência de professor da Capela de São Sebastião (Laras) para Estação Laranjal, 07/11/1889] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18890721-4288-nac-0003-999-3-not Venda da fazenda "Cachoeira Sem Canal" (atual Jequitaia), 21/07/1889] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
 
* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18890721-4288-nac-0003-999-3-not Venda da fazenda "Cachoeira Sem Canal" (atual Jequitaia), 21/07/1889] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
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* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18940411-5693-nac-0003-999-3-not Festão de São João do Laranjal, em vários locais, 11/04/1894] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
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* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18950621-6075-nac-0002-999-2-not Abaixo-assinado pedindo a criação do distrito de Laranjal, 21/06/1895] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
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* [https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18980121-7005-nac-0003-999-3-not Festeiros decidem não fazer a festa de 1898 e repassam os valores à construção da igreja, 21/01/1898] (Acervo O Estado de São Paulo: A Província de São Paulo)
 
* [http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=090972_08&pagfis=26027 Acidente aéreo de 1938] (Biblioteca Nacional: Correio Paulistano)
 
* [http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=090972_08&pagfis=26027 Acidente aéreo de 1938] (Biblioteca Nacional: Correio Paulistano)
  
Busca por "Laranjal" em Acervo O Estado de São Paulo: https://acervo.estadao.com.br/procura/#!/Laranjal/Acervo/acervo
 
  
=== Monografias e teses ===
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Busca por "Laranjal" em:
* [http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/119726 Arrolamento das fontes históricas de Laranjal Paulista e região circunvizinha] (USP, em Revista de História)
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* Acervo O Estado de São Paulo: https://acervo.estadao.com.br/procura/#!/Laranjal/Acervo/acervo
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* Biblioteca Nacional Digital - Correio Paulistano: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=090972&pesq=Laranjal
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=== Monografias, teses e livros ===
 
* [https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/114/col_mono_b_n140_laranjalpaulista.pdf Laranjal Paulista. Coleção de monografias: Série B] (IBGE)
 
* [https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/114/col_mono_b_n140_laranjalpaulista.pdf Laranjal Paulista. Coleção de monografias: Série B] (IBGE)
* [https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-07032016-195405/pt-br.php Nos sertões de Botucatu: arquitetura e território das sesmarias pioneiras às grandes instalações cafeeiras 1830-1930] (Biblioteca Digital da USP)
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* [http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/119726 Arrolamento das fontes históricas de Laranjal Paulista e região circunvizinha], artigo de Maria Regina da Cunha Rodrigues (USP, em Revista de História)
* [https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-19122014-134113/pt-br.php Tese: João Pedro Cardoso e a ação da Comissão Geográfica e Geológica na apropriação e produção do território paulista, 1905-1931] (Biblioteca Digital da USP)
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* [https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-07032016-195405/pt-br.php Nos sertões de Botucatu: arquitetura e território das sesmarias pioneiras às grandes instalações cafeeiras 1830-1930], tese de João Fernando Blasi de Toledo Piza (Biblioteca Digital da USP)
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* [https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-19122014-134113/pt-br.php João Pedro Cardoso e a ação da Comissão Geográfica e Geológica na apropriação e produção do território paulista, 1905-1931], tese de Silvana Tercila Maria Pettinato Lucio (Biblioteca Digital da USP)
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* [https://www.google.com.br/books/edition/_/F3uNBAAAQBAJ?hl=pt-BR Divina luz nas águas do Tietê: A Festa do Divino Espírito Santo de Laras-SP], livro de Neusa de Fátima Mariano, 2014 (Google Livros)
  
  

Edição das 04h56min de 7 de abril de 2023

Índice do Atlas - Histórico
História GeralHistória FerroviáriaHistória Geográfica


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Este é um resumo da história do Município de Laranjal Paulista. Os acontecimentos estão dispostos aproximadamente em ordem cronológica ou pelo tema.

Por uma questão de divisão em épocas, o texto a seguir foi dividido em quatro partes, tendo como marcos divisores a emancipação do município, a instalação da comarca e a promulgação da Lei Orgânica Municipal:

  • "Laranjal, a Vila", do século XVIII a 08 de outubro de 1917;
  • "Laranjal, o Município", de 08 de outubro de 1917 a 10 de outubro de 1965;
  • "Laranjal, a Comarca", de 10 de outubro de 1965 a 31 de março de 1990;
  • "Laranjal, hoje", de 31 de março de 1990 a 2006.
Ver também: Evolução político-administrativa e das divisas do município
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Índice

Laranjal, a Vila (século XVIII a 1917)

Século XVIII, a Fazenda Estrela

Consta que as terras onde se situa a atual Fazenda Estrela, tradicional propriedade agrícola do município, pertenceram originariamente ao bandeirante ituano Bicudo de Campos, doada por serviços prestados à Coroa Portuguesa aos ancestrais de Plínio Gomes, "sesmaria" com aproximadamente 7.000 alqueires. Continha em seu interior matas virgens e índios. Pelo local passavam os bandeirantes que demandavam ao centro-oeste do país em busca de riquezas.

Formada bem antes da existência de cidade, sua imponente sede, em estilo bandeirantista toda edificada em taipa, tem mais de 150 anos de idade. Pode-se até apontá-la como o primeiro núcleo residencial de fazendeiros do município.


Do Pouso do Ribeirão do Laranjal

Consta que os primeiros a procurarem a região, foram os fazendeiros que se deslocavam de Porto Feliz, de Tatuí e de outras regiões para transformar os campos agrestes em fazendas cultivadas e produtivas.

No Estado de São Paulo existiam algumas vilas e algumas grandes cidades, porém, distantes entre si. O único meio de transporte da época era o burro, surgindo daí os caminhos tortuosos dos tropeiros que percorriam pela terra batida e matas a dentro, levando consigo, além dos animais de carga, madrinhas, montarias de reserva, grandes tropas de animais, para vendas e barganhas por outros animais ou por artigos de uso próprio, nos grandes mercados da época.

Como essas viagens eram longas, alguns locais definidos nas regiões tornaram-se pontos de descanso de tropeiros e animais, e para a realização de negócios: compras, vendas e barganhas. Assim são os pousos.

Dentre esses pousos, um deles se situava mais ou menos na metade da distância entre as cidades de Botucatu e Sorocaba, às margens de um ribeirão, onde existiam alguns pés de laranja nativa, próximo aos rios Tietê e Sorocaba. Este local passou a ser conhecido pelos tropeiros como o "Pouso do Ribeirão Laranjal".


Da fundação de Laras

O Distrito de Laras, também conhecido por Capela de São Sebastião, a 18 quilômetros da cidade de Laranjal, teve sua origem por volta do ano de 1867, como consta de pesquisa feita pela prof.ª Maria Celina de Moraes Lara.

Diz ela que seus fundadores, todos de uma mesma família, irmãos, primos ou cunhados entre si, foram João Antonio de Proença Lara, Antonio Cardoso de Arruda e Antonio de Mello Almeida. Esses três pioneiros, procurando terras, desceram o Rio Tietê em canoas e chegaram até o local onde existia uma "Pedra Grande". Impressionados com a beleza do local ali aportaram e procuraram examinar toda a região. Encontraram boa terra pertencente à sesmaria de Capivari, cujo donatário tinha o sobrenome "Cardoso", que por sinal era da mesma família.

Obtiveram autorização para posse dessas terras e com o decorrer do tempo, em 1867, aproximadamente, receberam as escrituras em definitivo, passando a lhes pertencer oficialmente. Com isso levaram consigo diversas famílias para aquele local onde começaram a ser levantadas algumas casas de barrotes e o núcleo estava criado e começando a crescer. Logo, constrói-se a primeira capelinha: A Capela de São Sebastião.


A "Peste Grande" em Laras

No ano de 1868, a epidemia principalmente conhecida de "Peste Grande" leva a população ribeirinha a fazer promessas para o Divino Espírito Santo, em busca de alívio ao sofrimento dos moradores, pois não existiam medicamentos para esse tipo de atendimento, trazendo miséria, sofrimento e morte.


Da doação de terras em Laras

No ano de 1873, os três pioneiros foram ao Cartório de Tietê e perante o Tabelião Manuel Anhaia Mello, fizeram a doação de 6,5 alqueires de terras para o Patrimônio da Capela de São Sebastião, cujas escrituras foram lavradas em 27/09/1873. A finalidade dessa doação era a de atrair mais moradores para o núcleo, pois quem ali quisesse construir sua casinha, não precisava comprar o terreno, usaria a "Terra do Santo", como costumavam dizer.


Da Pensão do Delfino de Mello e o surgimento da Vila de São João do Laranjal

Edit-check-sheet.svg Tarefas: Rever.

Um núcleo humano começa a subir a colina. Delfino Martins de Melo, vendo crescer o povoado, transfere a sua casa de pensão e comércio das barrancas do Rio Sorocaba, para aquele núcleo próximo ao "Pouso do Ribeirão Laranjal", frente ao traçado onde estava prevista a construção da linha férrea e da Estação de Ferro Sorocabana. Constrói ali a primeira casa de comércio da Vila.

Não se pode assegurar a data precisa do inicio de seu povoado, da chegada dos seus colonizadores ou de sua fundação, mas surgia ali a "Vila de São João do Laranjal", como já era conhecida e chamada por todos.

Outros comerciantes começam a chegar na Vila. As mercadorias eram transportadas em carro-de-boi, fazendeiros de muitos locais passavam a se abastecer no pequeno centro de comércio. A plantação de cana e a fabricação de açúcar em moendas movidas por bois eram uma atração a mais para os fazendeiros que procuravam transformar latifúndios, as matas e os campos agrestes em fazendas cultivadas e produtivas. A plantação de cana vai dando lugar a plantação de milho, algodão, feijão, aliando-se ao abrigo de bovinos, equinos e muares.


A primeira estação ferroviária, primeira escola, primeira capela, a implantação da Agência Postal

No ano de 1885, um ato marcante na vila foi a instalação da primeira escolinha pública. Provavelmente uma construção de madeira. D. Brígida Vieira foi a primeira e histórica professora dessa escola que agasalhava as crianças da vila em formação. Esse prédio deveria ter sido conservado como relíquia histórica, mas desapareceu com a avalancha do desenvolvimento local.

Em 1886, D. Pedro II e sua esposa, D. Teresa Cristina, após inauguração da Ponte Férrea sobre o Rio Sorocaba, próxima da Vila, foram recebidos na plataforma da estação com o trem "Maria Fumaça", dando assim por inaugurada a Estação Ferroviária.

Em 1886, no descampado da Vila, começa nascer uma pequena capela. Os meios de comunicação já estavam se fazendo necessários. No mesmo ano é implantada a primeira Agência Postal.


Das primeiras atividades industriais e do cemitério

No ano de 1890, uma explosão de imigrantes italianos chega à Vila.

Começam a surgir as primeiras atividades industriais e comerciais: oficinas de ferreiro, serraria a vapor, máquinas de beneficiar café e algodão, fábrica de cerveja e de outras bebidas, e as olarias passam a fabricar os primeiros tijolos de barro cozido. Farmácia é instalada.

Dá-se o início da construção de um Cemitério na Vila de São João do Laranjal. [complementar]


Do Distrito de Laranjal e sua formação

Em 30 de novembro de 1896, a Lei Estadual n.º 460, eleva o local de Distrito Policial para Distrito de Paz, cuja instalação se deu a 29 de maio de 1897.

Em 11 de março de 1900 é instalada a paróquia e celebrada a primeira Missa, pelo Padre Lopes França, e, posteriormente, o primeiro padre a ser definitivamente nomeado na paróquia, foi o Padre Luiz Tálamo.

E em 19 de dezembro de 1906, a Lei Estadual n.º 1038 eleva oficialmente o povoado a categoria de "Vila de São João do Laranjal".

Começam a surgir sintomas de Febre Amarela na região. Quando atingiu a vizinha cidade de Tietê no ano de 1900, provocou com isso evasão de muitas famílias para o Distrito de Laranjal.

Em 1909 ouve-se as primeiras campainhas de telefone a manivela. Em 1910, os lampiões e candeeiros são substituídos pela iluminação elétrica da Companhia São Juan.

Em 1914 chega na Vila a imigração libanesa e daí surgem as primeiras lojas de tecidos e armarinhos. A colônia italiana continua crescendo, chega nova corrente migratória.

Terras para agricultura são doadas em troca de produção de cereais. Dos latifúndios aos minifúndios, crescendo, portanto, a produção de café, algodão e outros cereais, inclusive criação de bovinos, eqüinos e suínos.

A Festa de São João Batista, a cada ano, vai ganhando dimensão e passa ser uma atração turística. A sua renda é revertida em obras de caráter social e religioso.

No dia 17 de janeiro de 1916 entrava em atividade o jornal "O Comércio de Laranjal", sob responsabilidade de seu fundador Marcelo Longhi.


Maristela, da formação do povoado à Estação de Trem

Já nos fins do século XIX, alguns fazendeiros ocupavam terras distantes 5km da Vila São João do Laranjal. As transações comerciais deste local eram feitas com a vizinha cidade de Tietê.

No ano de 1886, quando era inaugurada a estação da Estrada de Ferro Sorocabana na Vila do Laranjal, nascia naquele local uma parada de trem numa estação precária, construída de tábuas, apenas para abrigo dos passageiros, tornando-se conhecida como "Parada José Alves"*[1]. Em 1913, torna-se Posto Telegráfico km 206.

* -- O livro de José Thomé mostra "Parada João Alves", talvez confundido com o nome do proprietário da Fazenda São João (do Laranjal), mais a sudoeste, Coronel João Alves Corrêa. E o ano tampouco é 1866.

Em 11 de novembro de 1916, inaugurou-se uma nova estação nesse local, recebendo o nome de Maristela em homenagem à filha do então Presidente do Estado de São Paulo, Doutor Altino Arantes. Em 1920, as condições da estação já eram péssimas, pois a estação era "um pardieiro", de acordo com relatório do Estado, que era o proprietário da ferrovia na época.

Por volta das décadas de 40, a estação foi substituída por outra onde é hoje, por motivo da retificação da ferrovia.



Laranjal, o Município (de 1917 a 1965)

Criação do Município de Laranjal

No Diário Oficial do Estado de São Paulo n.º 226, de 11 de outubro de 1917 era publicada a Lei n.º 1555, datada de 08 de outubro de 1917, criando o Município de Laranjal, Comarca de Tietê, e elevando a sua sede a categoria de cidade, cuja comemoração dar-se-á no dia 10 de outubro, data da assinatura da Lei pelo Presidente do Estado Doutor Altino Arantes.

No dia 25 de janeiro de 1918, era solenemente instalado o "Município de Laranjal" e empossados os primeiros vereadores eleitos. E no dia seguinte, através de escrutínio secreto entre os vereadores elegem a mesa da câmara e empossam o primeiro prefeito do Município de Laranjal: Ciryaco Ferreira do Amaral.

Ver também: A Lei da Emancipação e as divisas originais
Ver também: Lista de prefeitos


Do Grupo Escolar de Laranjal e do Escotismo

Em 1918, instala-se o "Grupo Escolar de Laranjal", que atualmente se chama "Quinzinho do Amaral". No mesmo ano, é criada a Associação de Escoteiros de Laranjal.

Criação do Distrito de Laras, do primeiro escrivão e do primeiro professor

Em 23 de março de 1920, o núcleo passou a ser considerado e oficialmente instalado o distrito de Paz de Laras, ainda pertencendo ao Município de Tietê, e o seu primeiro escrivão foi Luiz de Lara Stein.

O primeiro professor público de Laras foi o senhor Juventino Stein, que veio de Tietê em lombo de burro até o local onde passou a semana.


Do Jornal "O Comércio de Laranjal" para o Jornal "A Tarde"

Em 1924, Marcelo Longhi, ainda diretor do Jornal "O Comércio de Laranjal", muda essa denominação para jornal "A tarde". Durante muitos anos foi sempre o incansável, batalhador e dinâmico diretor desse jornal. Nestes últimos anos, porém, embora tivesse a direção passada para outros nomes, permanece até hoje circulando em Laranjal.


Da Igreja Matriz

Aquela acanhada Capela, que vinha sendo construída graças ao trabalho do Padre André Pieroni (seu vigário), das rendas de Festas de São João Batista e das contribuições dos moradores da zona rural e urbana, dá lugar a uma majestosa Igreja Matriz, fruto da habilidade de Alfredo Gobbo, que ficou pronta em 1924.


A chegada da energia elétrica em Maristela

As atividades econômicas de Maristela eram essencialmente agropecuárias; até que, em 1925, o senhor José Pieroni, com seus próprios recursos, levou para lá a energia elétrica pondo em funcionamento máquinas de algodão, de café, de arroz, moinho de milho e seus derivados, bem como outras pequenas atividades industriais.


Das Estradas

Em 1925, o Senhor Francisco Mattos, Vice-Prefeito, na época em exercício no cargo de Prefeito, sanciona e promulga uma lei que dispõe sobre autorização para contrair um empréstimo, a fim de cobrir as despesas da recepção oficial ao Exmo. Sr. Doutor Presidente do Estado de São Paulo, em sua primeira visita a Laranjal, quando da inauguração de um importante trecho da estrada de rodagem entre Laranjal e Tietê.

E por outra lei, de 1937, o Prefeito, Doutor Oscar Vieira Sampaio, abre um crédito destinado ao pagamento dos serviços de abertura da estrada de rodagem que ligaria Laranjal ao Distrito de Maristela.


Do Colégio e da Rede de Água

Em 1926, algumas freiras vicentinas abrem uma pequena escola primária, a qual, em 1928, se transforma em Colégio São Vicente de Paulo, com curso ginasial.

Até 1927, a rede de água era aérea (com canos a mostra), após a implantação de melhorias, passa a "subterrânea" e se estende por toda a cidade.


Do Grupo Escolar de Maristela

Em 1932, através do Ato Estadual, foi criado e logo em seguida instalado o Grupo Escolar Rural de Maristela. Depois de um tempo, passou a denominar-se "Grupo Escolar D. Izabel Alves Lima". Epidemia de malária

No dia 26 de abril de 1935, a população era atacada de malária em proporções gigantescas. O então Prefeito da época, Antonio Vieira Campos, através do Ato Municipal, declarava estado de calamidade pública no município e procurava junto às autoridades sanitárias combater o mal. Finalmente, a epidemia era vencida.

No ano de 1941 tal fato se repetia, porém no Distrito de Laras. O Prefeito em exercício baixou um decreto, de 1941, abrindo crédito destinado a cobrir as despesas do combate à epidemia de malária, lá irrompida.


Anexação do Distrito de Laras ao Município de Laranjal

Com o trabalho dos Políticos e do Prefeito da época, Custódio Alves de Campos Lima, essa área, por força do Decreto Estadual n.º 9.775, datado de 30 de novembro de 1938, é desmembrada do Município de Tietê e integrada oficialmente ao Município de Laranjal, passando a denominar-se "Distrito de Laras", Município de Laranjal.

Ver também: História Geográfica


Mudança da Ferrovia e as novas estações de trem

A Estrada de Ferro Sorocabana sofre um processo de retificação em diversas cidades, inclusive no Município de Laranjal. A ferrovia é retirada do centro de Laranjal, e transferida para mais em baixo da colina da cidade, onde é hoje. Consequentemente, a estação inaugurada em 1886, que se localizava onde é hoje a prefeitura, também é substituída por uma nova que até hoje se faz presente. A transferência oficial se dá em 11 de Agosto de 1940 (ver Estações Ferroviárias do Brasil - Laranjal).

Em Maristela a ferrovia também é modificada. A ferrovia que passava pelo meio de Maristela, se considerar as dimensões atuais do distrito, é transferida para fora do distrito onde é hoje. Segundo um morador local de longa data, a estação de Maristela (da ferrovia antiga) ficava próxima do fim da Alameda Manoel Castanho com Adolfino Alves, ao lado direito, para quem de costas para o Largo Santo Antonio. Esta estação foi substituída, por causa da retificação da ferrovia, por outra que hoje está em ruínas, próxima do encontro das ruas Francisco Migliani com a José Pieroni (ver Estações Ferroviárias do Brasil - Maristela).

Ver também: História Ferroviária


Criação da Biblioteca Municipal

O Prefeito Francisco Mattos baixa o Decreto-Lei n.º 19, datado de 10 de fevereiro de 1941, criando a Biblioteca Municipal. Em 1978, o Prefeito Hermelindo Pillon, por decreto, denomina oficialmente de "Biblioteca Pública Municipal Prof.ª Luiza Arruda", que está até hoje funcionando normalmente.


O Novo Nome: "Laranjal Paulista"

Em 30 de Novembro de 1944, pelo Decreto-Lei Estadual n.º 14334, o Município passou a denominar-se oficialmente "LARANJAL PAULISTA", em decorrência da existência de outros cidades com o mesmo nome.


O Cine São Luiz

Na Rua Delfino de Mello n.º 18, existia o "Cine São Luiz", que proporcionava divertimento à população com suas apresentações de filmes internacionais e nacionais. O prédio do cinema era, ainda, usado para apresentações de orquestras, conjuntos, espetáculos teatrais e sessões cívicas. Depois, com o advento da televisão, entrou em decadência; até que suas portas se encerrarem definitivamente. Hoje, só resta o seu velho e abandonado prédio, que guarda em si alegres recordações do passado.


Criação do Distrito de Maristela

O povoado de Maristela cresceu e propiciou a sanção da Lei Estadual n.º 233, de 24 de dezembro de 1948, criando oficialmente o Distrito de Maristela, pertencendo ao Município de Laranjal Paulista.

Ver também: História Geográfica


Primeira eleição direta para prefeito municipal

A vitória das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) trouxe um novo período democrático ao Brasil. Então vieram as eleições municipais, que entusiasmou sobremaneira a população de Laranjal Paulista. Duas alas existentes: "Gafanhotos" e "Tubarões", se enfrentaram, numa campanha político-eleitoral das mais renhidas da sua história, pela conquista da administração da cidade.

Assim, foi realizada a primeira eleição direta em Laranjal Paulista, em novembro de 1947, vencendo a ala dos "Gafanhotos", por pequena diferença de votos, representado pelo Prefeito Mario de Arruda Camargo que no dia 1.º de janeiro de 1948 tomava posse solenemente no seu cargo, acompanhado dos Vereadores eleitos.

Ver também: Lista de prefeitos


Da Associação Esportiva e do Estádio Municipal

Em 6 de marco de 1943 é fundada "Associação Esportiva Laranjalense", e seus Estatutos aprovados em 26 de fevereiro de 1944. Em 26 de janeiro de 1952, o Prefeito João Salto, através da Lei n.º 86, denomina a Praça de Esportes de Laranjal: "Estádio Accácio Luvisotto".


Santa Casa

Com o árduo trabalho do Cônego André Pieroni e dos políticos, com a renda obtida das Festas de São João Batista, e também com a contribuição do povo do município, era lançada a Pedra Fundamental para a construção do prédio particular, destinado ao funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Laranjal Paulista, no dia 12 de abril de 1953. Foi um marco na história de Laranjal Paulista

No dia 24 de junho de 1959, com o prédio já construído, a Santa Casa de Misericórdia de Laranjal Paulista iniciava suas atividades e até hoje vem atendendo toda a população laranjalense e da região.


O Brasão de Armas e o Hino 10 de Outubro

O Prefeito Hermelindo Pillon sanciona e promulga a Lei Municipal n.º 301, de 23 de dezembro de 1959, instituindo o "Brasão de Armas" do Município de Laranjal Paulista. O Brasão é de autoria do Professor João José da Silveira Campos.

Em 1961, ocorre o lançamento do "Hino a Laranjal Paulista", que sensibilizou profundamente a população. Uma composição harmoniosa, com música de José Mandelli, letra do Doutor Victor Rodrigues Machado e adaptação da prof.ª Cely Pasquotto Bellotto.

O sucesso dessa composição, em homenagem a Laranjal Paulista, foi tão grande que motivou o Poder Público Municipal, através do Prefeito Said Fadel Fadel, a sancionar e promulgar a Lei n.º 372, de 18 de marco de 1961, declarando oficial e considerando "Hino Municipal" a música denominada "10 de Outubro".


Criação da Escola Municipal de Comércio

Em 1960, o Prefeito João Salto, através de Lei Municipal, cria e instala a Escola Municipal do Comércio de Laranjal Paulista. A escola vai se desenvolvendo com o passar dos anos. Hoje está instalada em prédio próprio com a denominação de Escola Municipal "João Salto".



Laranjal, a Comarca (de 1965 a 1990)

Instalação da Sede de Comarca

A população laranjalense dependia juridicamente da cidade de Tietê, que era sua Comarca. O árduo trabalho da população, dos políticos e das autoridades constituídas, culminou com a criação da Lei Estadual n.º 8.050, de 13 de dezembro de 1963, elevando o Município de Laranjal Paulista à categoria de Comarca de 1.ª Entrância. No dia 10 de outubro de 1965 é instalada oficialmente a Comarca de Laranjal Paulista, funcionando provisoriamente no 1.º andar do prédio da Prefeitura. [texto alterado]

No dia 24 de março de 1974, solenemente, são transferidas suas instalações para o novo prédio do Fórum da Comarca de Laranjal Paulista, localizado na atual Avenida Prefeito Hermelindo Pillon, onde até hoje se encontra funcionando.


Asilo São Cristóvão

No ano de 1966 é lançada a pedra fundamental para a constrição do prédio do Asilo São Cristóvão. Depois de um tempo, em 27 de setembro de 1970, com o seu prédio já parcialmente construído, inicia suas atividades.


Da Bandeira

Através da Lei Municipal n.º 1130, de 28 de setembro de 1971, é criada a Bandeira do Município de Laranjal Paulista. Em 10 de outubro de 1971, a bandeira laranjalense é hasteada pela primeira vez.


O Jornal "O Alerta"

Em 1.º de agosto de 1976, Gabriel Marciliano Júnior, José Benetton Neto ("Dude") e Cesário Carlos de Almeida Filho ("Tatão") fundam o jornal "O Alerta". No dia da sua fundação houve uma festa de lançamento do jornal, depois disto, durante a madrugada, os fundadores saíram pela cidade distribuindo exemplares do jornal recém fundado. A sua primeira sede se localizava na Rua Barão do Rio Branco, no Centro. Em seu editorial trazia descrito quais eram os propósitos do jornal, e, como mensagem, propunha aos laranjalenses a conscientização política.


As chuvas de fevereiro de 1983

Em fevereiro de 1983, Laranjal é castigada por fortes chuvas, inundações e enxurradas, chegando a ponto de levar pontes e destruir estradas e mata-burros.


Do Ginásio de Esportes

Por volta de 1985, aparecem os primeiros sinais significativos das autoridades municipais para a construção do Ginásio de Esportes. A obra se inicia num terreno à frente do Estádio Municipal, e é levada a diante por meio de recursos municipais e estaduais. Depois de um tempo, para alegria dos esportistas laranjalenses, em meio às comemorações do aniversário da cidade em outubro de 1987, é inaugurado o Ginásio de Esportes "Anísio Garpelli", durante a administração do Prefeito Air Pires de Campos.


A Nova Rodoviária e Novo Acesso

Cresce a cidade, também cresce o movimento de ônibus de passageiros que chegam e partem da rodoviária localizada no centro da cidade, na Praça Armando de Salles Oliveira. Por isso, se sentia a necessidade de uma nova rodoviária em um local mais apropriado; a escolha do local foi até motivo de discordância entre prefeitura, vereadores e uma parcela da população. Em final de 1985, quando a prefeitura obteve autorização e verbas do governo estadual, a nova rodoviária começa a ser construída.

Depois de atrasos no andamento das obras, a nova rodoviária é entregue no dia de 8 de outubro de 1988 num dos acessos da cidade, a Avenida Ministério Público, onde até hoje se encontra. Depois de um tempo, a antiga foi demolida, para dar lugar a um estacionamento de veículos.

Posteriormente, para dar um melhor acesso à nova rodoviária e à cidade, a Avenida Ministério Público é duplicada e refeita e inaugurada no dia 10(?) de outubro de 1991, já com o nome de Avenida Prefeito Hermelindo Pillon.

A construção das Estradas Vicinais

Laranjal, junto ao governo do Estado, conquista a implantação de duas estradas pavimentadas: a primeira estrada, de 11,6 km de extensão, que liga Laranjal à Ponte do Americano, sobre o Rio Tietê, no Bairro Itapuá, inaugurada no dia 10 de outubro de 1987, encurtando a viagem entre Laranjal e Piracicaba. A segunda, de ligando Laranjal ao Bairro das Abóboras, com 12 km, inaugurada no dia 25 de novembro de 1989.



Laranjal, hoje (de 1990 a 2006)

A promulgação da Lei Orgânica Municipal

Magnifying glass 01.svg Ver artigo principal: Lei Orgânica Municipal

Brasil: Nova República. Antes os municípios brasileiros eram regidos por uma única Lei Orgânica editada pelos respectivos estados, como mandava a Constituição Federal de 1967. Com a nova Constituição Federal, de 1988, os municípios puderam elaborar as suas próprias.

Por isso, no dia 10 de novembro de 1989, começaram os trabalhos da elaboração da Lei Orgânica de Laranjal Paulista. Os vereadores constituintes convidaram a população laranjalense para que participassem da sua elaboração enviando sugestões.

No dia 31 de março de 1990 é promulgada a Lei Orgânica do Município de Laranjal Paulista, representando um avanço à autonomia do Município.


O Colégio São Vicente de Paulo é desapropriado

O tradicional prédio do Colégio São Vicente de Paulo, onde funcionava a Escola Normal Madre Hermeta, dá lugar às instalações da Clínica de Repouso "Dom Bosco", que funcionou por um bom tempo e depois veio a se desativar. [a corrigir]

Então, em 1995, a prefeitura decide desapropriar o prédio do Colégio, por um valor de 780 mil reais, que seriam pagos em 69 parcelas; e o concede em comodato, por um período de 99 anos, à Universidade de Sorocaba (UNISO), para que se instale um campus universitário. Além disso, na época houve intenção de transferir para lá a Biblioteca, Câmara Municipal, e outros órgãos que estavam em prédios alugados.


Litígio do Entre Rios

Jumirim, município vizinho recém emancipado, deu entrada na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de um pedido de anexação ao seu território o Bairro Entre Rios pertencente a Laranjal Paulista. Na área pretendida, encontram-se duas indústrias de porte, geradoras de empregos e receita, caso a reivindicação fosse atendida, as indústrias da área em questão passariam a recolher tributos em Jumirim, o que provocaria uma grande estrago à Laranjal.

O prefeito de Laranjal Paulista, Roque Lázaro Lara, preocupado com o possível desmembramento, pediu ao Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo a confirmação das divisas e a fixação de marcos de concreto, com o fim de atestar à prefeitura de Jumirim que o Entre Rios pertence a Laranjal.


Eleições 2000

No ano de 2000, Laranjal teve uma das eleições municipais mais disputadas de sua história. Disputavam Roque Lázaro Lara, da Coligação "Amor à Terra" (PTB/PPB/PSDB) e Roberto Fuglini, da Coligação "Novo Rumo" (PDT/PMDB/PPS). A disputa pelo cargo de prefeito foi marcada por fortes atritos e confrontos entre os dois candidatos. Por fim, no dia 1.º de outubro de 2000, dia da votação, acabou vencendo Roberto Fuglini, com 7374 votos, contra 4904 de Roque Lara.


O Jornal "O Repórter"

Entre os anos de 1986 a 2000, Lucimar Nogueira de Souza colaborou como colunista social do jornal "A Tarde". Após desligar-se do jornal, funda em 21 de abril de 2001, junto com Sabino Nogueira de Souza, seu pai, o terceiro jornal de Laranjal Paulista: "O Repórter". A primeira sede do jornal se localizava na Rua Haidee Tumolin, 150, Jardim São Cristóvão. Na 1.ª edição trazia uma entrevista entre o jornal recém-fundado e o Prefeito Roberto Fuglini, em seu quarto mês de governo.


A devolução do Colégio

Em 2001, a prefeitura de Laranjal Paulista decidiu devolver à Irmandade de São Vicente de Paulo o prédio do antigo convento das irmãs Vicentinas, desapropriado em 1995 para a instalação de um campus universitário. O negócio fechado na época não deu certo porque a Universidade de Sorocaba, que instalaria a faculdade, desistiu do projeto.

Com a devolução, a prefeitura perde os valores que já foram pagos pelo imóvel, mas fica livre de uma dívida de valor superior que pagaria pelo convento. A prefeitura não tinha destinação definida para o edifício e, conforme o vice-prefeito Jorge Cardia, também não tinha recursos para saldar a dívida.

Por um bom tempo o prédio sofreu deterioração do telhado, do forro e dos pisos de madeira. Muitos vitrais foram destruídos.

A devolução foi aprovada pela Câmara depois de muita polêmica. Os vereadores temiam serem enquadrados na Lei da Responsabilidade Fiscal por causa do prejuízo causado pela desapropriação frustrada. Segundo a prefeitura (em 2001), a Irmandade iria instalar uma creche para crianças e cursos profissionalizantes para mulheres no local.


Rádio Dynâmica FM

Em 1996, Narcizo Pieroni foi procurado por Roberval Rodrigues com o propósito de iniciarem o trabalho de uma rádio comunitária em Laranjal. Os primeiros anos de funcionamento da Dynâmica FM foram de luta; a emissora chegou a ser fechada 3 vezes por falta de autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Até que em fevereiro de 2002 obteve finalmente autorização oficial para funcionar como rádio comunitária, após mais de 5 anos de luta pela regularização de sua documentação.

Hoje a rádio funciona normalmente com forte cunho social e cultural, tendo como sócio-diretor Narcizo Pieroni, trabalhando junto de seus colaboradores.


Da criação da Guarda Municipal

Em 13 de julho de 2003, durante a administração do prefeito Roberto Fuglini, a Guarda Municipal efetivamente entrou em funcionamento, pois já havia sido criada por meio de Lei Municipal em 01 de julho de 1996. A sua inauguração definitiva foi marcada pela formatura dos guardas que iriam auxiliar na segurança dos laranjalenses.


A Nova Câmara Municipal

No feriado de 7 de setembro de 2002, foi inaugurado a primeira etapa do novo prédio da Câmara Municipal de Laranjal Paulista, "Palácio dos Tropeiros", localizado na Praça Doutor Djalma Sampaio, cidade de Laranjal Paulista, que logo entrou em funcionamento. A nova Câmara veio substituir o antigo prédio, alugado, que se localizava na Rua dos Expedicionários.

Após a inauguração da primeira etapa, deu-se o início da construção do restante do prédio, finalizando definitivamente a construção da Câmara, e entregue em 5 de dezembro de 2003.

Os propósitos reservados a esta nova Câmara vão além da finalidade primeira de ser uma Casa de Leis do Município; poderão ser realizados nela eventos culturais, educacionais e cívicos.

O Novo Plano Diretor

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana que todo o município a partir de 20.000 habitantes deve elaborar por ordem da lei federal do Estatuto da Cidade. E Laranjal não foge à obrigação.

Em 2004, antes das eleições municipais daquele ano, dá-se o início da elaboração do Plano Diretor de Laranjal Paulista pela equipe técnica do plano formada por arquitetos e técnicos laranjalenses, realizando várias plenárias com representantes da população para discutir o futuro e o planejamento do município com relação ao desenvolvimento urbano e econômico, sistema viário, implantação de serviços públicos, meio-ambiente e vários outros temas.

Em 2006, o Plano Diretor é aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Heitor Camarim no dia 25 de setembro de 2006, pela Lei nº 2543/2006. Desde então, o Plano Diretor vem influenciando nas políticas públicas, tais como o zoneamento, a lei de uso do solo, a escolha da localização de novos prédios públicos (escolas, creches, postos de saúde), preservação histórica e ambiental, e participação democrática.

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Curiosidade:
Quase a totalidade dos mapas integrantes do Plano Diretor haviam antes sido elaborados para a versão impressa desde mesmo Atlas em 2003.


Referências

  1. O Commercio de São Paulo, n. 2.763, 21 nov. 1901, p. 1.


Galeria


Principais fontes consultadas

  • livros: “Plano Diretor, Volume 1” (1996) e livros, “Laranjal Paulista, Nossa Terra – Nossa Gente” de José Thomé (1988);
  • jornais: “O Estado de São Paulo” (1996 e 1999), “O Alerta” (década de 80 e 90) e “A Tarde” (década de 80 e 90);
  • websites: “Estações Ferroviárias” de Ralph M. Giesbrecht.


Ligações externas

➡️ Para material sobre geografia, ver História Geográfica#Ligações externas

Sites

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